Sarampo: entenda por que vacinar-se novamente contra a doença

A doença é altamente contagiosa e a vacina é a única forma de se prevenir contra ela

Sarampo: Atualmente está ocorrendo um surto de sarampo em diversos estados brasileiros, principalmente no Amazonas e Roraima. Sendo assim, a recomendação do Ministério da Saúde é receber a vacinação contra a doença.

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Na rede pública, a imunização ministrada é a tríplice viral, que protege contra caxumba, rubéola e sarampo. Dos três vírus combatidos, o do sarampo é considerado o mais perigoso.

Por ser de alto contágio, é necessário que pelo menos 95% das pessoas tenham sido imunizadas no Brasil para que o sarampo não se espalhe.

Quem pode ser imunizado

Pessoas de todas as faixas etárias podem receber a vacina. No entanto, o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente duas doses para indivíduos entre 12 meses e 29 anos, e uma dose para pessoas entre 30 e 49 anos.

Acima dos 50 anos, o interessado deve procurar a vacina individualmente. É importante conversar sempre com o médico para pedir orientações.

Esquema de vacinação

A primeira dose da vacina tríplice viral deve ser aplicada aos 12 meses de idade. Aos 15 meses, a criança deve receber uma dose da vacina tetraviral (que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – que corresponde à segunda dose da tríplice e uma dose da varicela.

Caso exista atraso na imunização, crianças até os 4 anos de idade ainda poderão receber a vacina com o componente varicela.

A partir dos 5 anos até os 29 anos de idade, deverão ser ministradas duas doses com a vacina tríplice viral. Já pessoas de 30 a 49 anos de idade devem receber apenas uma dose.

Caso você não tenha recebido a vacina, basta procurar o posto de saúde mais próximo e atualizar a caderneta de vacinação.

Quem não deve se vacinar

A injeção é contraindicada para gestantes, pessoas com casos suspeitos de sarampo, crianças menores de seis meses de idade, pessoas com imunidade baixa (causada por alguma doença ou medicação) e pacientes com história de crise alérgica grave após aplicação de dose anterior.

Gestantes devem aguardar para serem imunizadas após o parto. Já quem planeja engravidar, deve primeiro colocar a vacinação em dia e esperar pelo menos um mês após a última dose.

Todos devem estar com a caderneta de vacinação em dia, conforme é recomendado pelo Programa Nacional de Imunizações. Porém, quem já teve a doença está imune.

A vacina é segura?

O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim) afirmam que a vacina é segura. Ela é produzida com vírus atenuado (enfraquecido) e em décadas de vacinação no mundo todo, apenas casos de alergia a produtos do leite contidos na imunização foram reportados.

Porém, hoje em dia, existem vacinas sem traços de lactoalbumina (proteína do leite da vaca).

Sarampo: sobre a doença

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, transmissível, altamente contagiosa e bastante comum na infância.

Transmissão

É transmitido diretamente, de pessoa para pessoa, em geral por tosse, pela fala, espirros ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença.

Sintomas

Os sintomas iniciais são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação nos olhos, coriza, congestão nasal e mal-estar intenso.

Uma característica conhecida da doença são manchas vermelhas na pele, que aparecem primeiro no rosto e vão em direção aos pés.

O sarampo pode ocasionar infecção nos ouvidos, pneumonia e convulsões. No extremo, a doença provoca lesão cerebral e pode levar à morte.

As complicações atingem de forma mais grave os recém-nascidos, pessoas desnutridas, gestantes e portadores de imunodeficiências.

Teste para comprovar sarampo

O teste para analisar a presença do vírus é realizado através da identificação de anticorpos específicos contra o micro-organismo. Mas, só é possível fazer o exame na fase aguda da doença.

Tratamento

De acordo com o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico para o sarampo. A recomendação é administrar vitamina A para reduzir casos fatais.

Nos casos sem complicações mais graves, a orientação é manter a hidratação, uma boa alimentação e o controle da febre.

Fique atento à sua saúde. Ao menor sinal de alterações, procure imediatamente um médico para fazer uma avaliação geral.